Thursday, September 20, 2007

Festa em honra da Nossa Senhora da Conceição


Esta festa é realizada no monte da Corte Tabelião, na freguesia e concelho de Alcoutim, no segundo domingo de Agosto, tendo sido realizada este ano no dia 12 de Agosto.
Antes da festa tiveram de se fazer alguns preparativos :
Enfeitar as ruas, entrar em contacto com a Câmara Municipal de Alcoutim, para o fornecimento de diversos materiais, como os caixotes do lixo, cadeiras, mesas, o palco, o sistema de som, etc.
Estes são os preparativos mais em cima da festa, pois muito antes desta, já se tinha começado a trabalhar no sentido de contactar empresas para patricionar a festa, a venda de rifas, a a recolha de prémios para fazer o bazar, o contacto de artistas para actuar na festa, acordar com o padre do concelho a hora da procissão, etc.
Além disso, este ano, ´houve o lançamento de um livro, da autoria de António Mestre, chamado "Os Artefactos Antigos do Concelho de Alcoutim", havendo uma festa de lançamento, que contou com a organização de uma mesa para o seu conveniente lançamento. Etsa mesa contou com o Presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, o Presidente da Associação Alcance, representada pelo Prof. Francisco Morato, pelo Presidente do Mensageiro da Poesia ( Associação Poética da Amora), pelo autor, António Mestre, por Anabela Gonçalves Mestre, colaboradora do livro, e ainda representantes da empresa, como o Rádio Clube de Alcoutim, o senhor Mário Queiroz e pelo representante do Jornal "O Baixo Guadiana".
A festa começou com uma exposição de fotografia, onde são focadas diversas actividades, como por exemplo a apanha da azeitona; e a mostra do livro de poemas " O Dizer da Memória ", da autoria de António Mestre. Esteve ainda patente ao público a mostra de artefactos antigos que deram origem ao livro com o mesmo nome.
O bazar abriu às dez horas da manhã, e só fechou ao fim da noite, sendo uma forma de fazer face às despesas decorrentes da festa.
Ao almoço cada habitante do monte, reuniu no conjunto das mesas, familiares e amigos, num convívio sem par, com comida feita pelos próprios habitantes e sempre com o apoio do restaurante " O Campina", que também serve refeições e bebidas.
Depois do lançamento do livro "Os Artefactos Antigos do Concelho de Alcoutim", segundo os dipositivos que atrás foram referidos, às 17 horas houve a actuação do Grupo de Cantares do Balurco, que é um grupo ainda recente na sua génese, mas onde a maioria das pessoas que o vcompões têm já uma certa idade. Este grupo canta canções populares muito conhecidas que estão bm no ouvido de novos e velhos.
Após a actuação deste grupo é iniciada a missa em honra da Nossa Senhora da Conceição. Em seguida temos a procissão com o andor da Santa, que percorre toda a povoação, numa dedicação de carinho e fé a esta Santa.
Terminada a procissão, a Comissão de Festas ofereceu um lanche a todo o povo presente, para depois se seguir o baile abrilhantado pelo acordionista Ernesto Baptista, que tocou canções populares, bem ao gosto destas gentes.
Às 21.30 horas houve um intervalo para a actuação do grupo alentejno "Restolhice", que cantou canções de origem alentejana.
Voltou então depois o acordionista para o baile e que tocará até ao fim da festa, que mais um ano trouxe até à Corte Tabelião, dezenas e dezenas de pessoas, numa expressão popular nunca antes vista neste monte, uma festa do povo e para o povo, é claro com os devidos apoios que já foram mencionados.

Friday, September 14, 2007

A Figueira

A fiueira é uma árvore com a sua importância no concelho de Alcoutim, sendo para muitas pessoas com uma importância fundamental, enquanto há outras pessoas que não lhe ligam nenhuma.
A figueira é uma árvore de folha caduca e a sua cultura é em terra boa, sendo especialmente em terras de barro ou mesmo em terras de areia, existe praticamente em todo o país, mas é mais frequente no Algarve Litoral e em Espanha devido ao clima Mediterrânico.
As suas folhas servem para a alimentação dos gados como ovelhas e cabras.
A figueira dá um fruto chamado figo, havendo figos de várias qualidades e tamanhos, distiguem-se pela cor e qualidade, sendo assim há figos de S. João, figos lampos, figos lampos pardos, etc.
Estes são os da primeira camada, na segunda que é em Agosto Setembro, ainda existem mais qualidades de figos, existindo com várias finalidades, como a alimentação dos passarinhos, para a nossa alimentação em verdes, ou para secar. Depois de secos poderão servir, para fazer estrelas ou figos cheios, os figos torrados, geralmente servem para guardar, sendo estes comidos na sementeira ou no Inverno.
Antigamente accontecia, que os figos eram escolhidos os melhores para torrar, sendo os menos bons para a alimentação dos gados, dos porcos e dos outros animais. Os que eram para torrar metiam-se dentro de uma canastra em camadinhas misturadas com um erva aromática que há no campo, chamado funcho e que dá um sabor formidável aos figos, tanto na sua conservação como no seu sabor.
Muitas das pessoas também fazem aguardente, sendo esse caso mais raro, essa aguardente serve também para produtos medicinais.

Tuesday, September 11, 2007

O Casal de Rurais

Um casal de trabalhadores rurais andavam na sua vida do dia a dia: enquanto ele se ocupava a fazer carvão, a mulher ia todos os dias levar-lhe o almoço.
Um certo dia quando regressava de ter ido levar o almoço ao seu marido, apareceu uma lebre aos saltos, a mulher rápida agarra uma pedra e atira-lhe, e não é que acerta mesmo na cabeça da lebre tendo ficado a mulher toda radiante.
No outro dia, indo levar o almoço ao seu marido, aproveitou para contar ao marido da lebre, mas contou muito lá à sua maneira: - contou-lhe que o galo é que tinha apanhado a lebre ao que o marido respondeu:
- Como é que isso pode ser?!
No entanto, a mulher tentou demonstrar-lhe como era possível o galo apanhar a lebre.
Pôs a lebre no chão e deitou-lhe bagos de trigo para cima da lebre (sem que o marido visse), o marido ao ver o galo a picar na lebre ficou acreditando que na realidade tinha sido o galo a apanhar a lebre.
Mais tarde o marido encontrou um alforge cheio de dinheiro e começou a pensar como é que haveria de resolver o problema, no entanto contou à sua mulher que tinha encontrado aquela quantia em dinheiro: ela ficou logo toda contente:
- Bem já temos dinheiro para as nossas extravagâncias!
Não obteve a colaboração do marido, porque este tinha medo que aparecesse o dono do dinheiro, ao que o alforge tinha de ser devolvido, mas ela não concordava com a posição do marido.
Então o que é que a mulher pensou em fazer, em vez de levar a lebre arranjadinha para o almoço dos dois deixou ficar a lebre, e para quê? Logo que aparecesse o dono do alforge ela já tinha estudado o problema, ela iria fazer uma marotice das suas: " Para que o dono do alforge não acreditasse que o marido timha encontrado o alforge do dinheiro, ela diria:
-Veja lá o meu galo também apanhou uma lebre e isso é tão verdade como o meu marido ter encontrado o seu alforge com o dinheiro.
Acabando assim o dono do alforge por ir embora não acreditando que o marido da senhora tivesse encontrado o alforge.
Assim termina o conto do alforge e da lebre, com uma lição:
Sê mais esperto que o outro que pode ser que sejas beneficiado.